segunda-feira, 14 de novembro de 2011

UEPB lança edital de concurso com 230 vagas para professores efetivos

Edital foi lançado na sexat-feira (11) e inscrições já estão abertas.
Vagas são para os oito campi da instituição.


 
A Universidade Estadual da Paraíba lançou, na sexta-feira (11), um edital para concurso público  para o quadro de professores efetivos da instituição. Estão sendo oferecidas 230 vagas para professor doutor e mestre, em diversas áreas, que serão distribuídos entre os oito campi da instituição. A remuneração vai de R$ 2,3 mil e pode chegar até R$ 8, 5 mil.

Os candidatos deverão ficar atentos ao período de inscrição que seguirá dois calendários. O primeiro começou a inscrever nesta sexta-feira e segue até o dia 28 de novembro. Já o segundo calendário, inscreverá a partir do dia 30 deste mês e prosseguirá até o dia 17 de dezembro. A taxa de inscrição é de R$ 150.

Assim como o período de inscrição, as provas escrita e oral e o exame de títulos também obedecerão dois calendários. Eles acontecerão entre os dias 10 de dezembro de 20011 e 22 de janeiro de 2012.

As inscrições poderão ser realizadas por via postal, pelos Correios, SEDEX, com Aviso de Recebimento (AR). Os candidatos devem encaminhar a correspondência à Comissão do Concurso Público para Docente da UEPB, localizada na Rua Baraúnas, 351, 3º andar, Bairro Universitário, Campina Grande, Paraíba; com data de postagem de acordo com o período estabelecido para as inscrições.
Também poderão ser efetuadas inscrições no Protocolo Central da UEPB, de segunda a sexta-feira, nos horários das 8 às 12h e das 14 às 17h, em envelope lacrado e etiquetado com os dados do remetente, à semelhança do envio postal endereçado à Comissão do Concurso.
No ato da inscrição, os candidatos devem apresentar requerimento de inscrição indicando a área pretendida com respectivo código; cópias autenticadas do RG, CPF e diploma de graduação; comprovação da pós-graduação exigida, através de cópia autenticada do diploma ou certidão de defesa de dissertação ou tese do curso de pós-graduação, com validade nacional; currículo lattes encadernado, acompanhado de cópia dos documentos comprobatórios de todas as informações nele prestadas, inclusive da produção científica, seguindo a sequência apresentada no Currículo Lattes e comprovação do pagamento da taxa.

fonte: g1pb

40% dos alunos alfabetizados não sabem ler e escrever

Prova mostra que mais de 40% dos alunos alfabetizados não sabem ler e escrever
Carolina Benevides e Sérgio Roxo - O Globo
RIO e SÃO PAULO - No primeiro semestre deste ano, a Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização) realizada pela primeira vez, nas capitais de todo o país, por crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental, apontou que 43,9% não aprenderam o que era esperado em Leitura para esse nível de ensino. Em relação à Escrita, 46,6% não atingiram o esperado.
Parceria do Todos Pela Educação com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a prova foi aplicada em escolas públicas e privadas, e mostrou que mesmo nas particulares nem todos os alunos atingem 100% de aproveitamento.
No caso da Leitura, 48,6% dos estudantes da rede pública tiveram o desempenho esperado.
Nas particulares, o percentual foi de 79%.
Em relação à Escrita, 43,9% dos alunos matriculados na rede pública aprenderam o esperado, e 86,2% dos da rede privada.
- Nenhuma criança pode concluir esse período, chamado de ciclo de alfabetização, sem estar plenamente alfabetizada. O que a prova mostra é que estamos ampliando a desigualdade educacional, já que muitos alunos não têm as ferramentas básicas para os anos seguintes - diz Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação, ressaltando que mesmo as escolas particulares enfrentam problemas: - São instituições que ensinam para alunos com mais acesso à cultura e pais escolarizados, por exemplo, mas ainda assim não tem 100% de alfabetização ao término do 3º ano.
- O governo precisa entender que temos um problema. O Brasil não tem método, não tem objetividade na hora de alfabetizar. Sem método, a criança brilhante aprende e as outras não. Desse jeito também, muitas acabam aprendendo por teimosia, porque foram ficando na escola, não porque aprenderam na época correta - diz João Batista de Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beta, que não vê com bons olhos a recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE) de que as crianças não devem ser reprovadas nos três primeiros anos do fundamental, porque cada uma tem um ritmo de aprendizagem:
- É irresponsável dizer que cada criança aprende no seu ritmo. Isso é um atraso. A criança que não é alfabetizada aos 6 anos fica com dificuldade para aprender outras disciplinas. No segundo ano, o professor não é preparado para ensinar o que ela não aprendeu e os livros já exigem que ela saiba ler.
No Rio, 10.500 alunos estão sendo realfabetizados
Mãe de um menino de 9 anos, que cursa o 4º ano do fundamental numa escola municipal da periferia de São Paulo, Vanessa Alves da Silva percebeu, durante uma ida ao mercado, que o filho Marcus Ricardo não sabia ler.
- Ele não conseguiu ver o preço dos produtos nem ler o que estava escrito nas embalagens. Eu tento incentivar, dou recortes de jornal para ele ler, mas ele gagueja e não consegue de jeito nenhum. Além disso, ele tem dificuldade para ler as coisas na cartilha. Na aula, é só cópia o tempo todo. O meu mais velho, de 10 anos, também tem problemas para ler - conta Vanessa, que acredita que a defasagem se acentue com o passar dos anos. - Agora, ele vai para o 5º ano sem saber ler.
No 6º ano do ensino fundamental, a neta do vigilante Hamilton de Souza tem dificuldades para ler e escrever. Responsável pela menina de 11 anos, Souza se preocupa:
- Como ela vai arrumar emprego? Como vai fazer para preencher uma ficha de contratação se não consegue escrever?
Tia de um menino de 9 anos, que cursa em São Paulo o 3º ano do fundamental, Jaqueline Alves Costa atribui as dificuldades dele ao excesso de alunos em sala:
- São 28 alunos. A professora não consegue explicar e só manda eles fazerem cópia. Eu acho que ele precisa de aula de reforço e que as classes deviam ter um segundo professor.
Secretaria de Educação do município do Rio e conselheira do Todos pela Educação, Claudia Costin reconhece que a prova ABC retrata um problema grave.
- A pesquisa não surpreende em termos de Brasil. O país precisa investir muito forte na alfabetização. A escola é o espaço de oportunidades futuras, e a prova mostra que o índice é frágil mesmo nas particulares. Nas públicas, o resultado é pior, e se a gente já começa perdendo, o apartheid educacional cresce - diz Claudia, que ao assumir a secretaria se deparou com 28 mil analfabetos funcionais no 4º, 5º e 6º anos do fundamental. - Isso representava o seguinte: 14% das crianças desses anos sem ler e escrever. Começamos, então, a realfabetizar os alunos, e tivemos sucesso com 21 mil. No entanto, percebemos que a progressão automática sem reforço escolar e sem acompanhamento faz com que a criança se torne invisível. E aí o insucesso também fica invisível. É preciso definir um currículo claro, oferecer aulas de reforço, formar professores e fazer com que entendam que é fundamental alfabetizar no primeiro ano. Ainda assim, este ano, temos 10.500 alunos em processo de alfabetização nessas séries.
Em São Paulo, a Secretaria municipal de Educação também implantou turmas de reforço no 3º e no 4º ano para atender alunos com dificuldades para ler e escrever. Foram criadas salas de apoio pedagógico para esses estudantes. A prefeitura diz ainda que as notas da Prova São Paulo mostraram, em 2010, um aumento de 25,7% no número de alunos alfabetizados no 2º ano.
Coordenadora pedagógica do Fundamental II, da Escola Edem, no Rio, Rosemary Reis destaca a importância da educação infantil para o sucesso da alfabetização:
- As crianças têm uma leitura do mundo antes da palavra. Por isso, é importante levar a para a sala de aula a possibilidade da criança conviver com textos. Na Edem, com um ano os alunos já manipulam livros, depois começam a conversar sobre o que viram, passam a ter contato com a escrita e com quatro, cinco anos escrevem o nome.
Priscila Cruz também aposta na educação infantil para que o país melhore os índices de alfabetização.
- É a melhor política para combater o analfabetismo. Pesquisas mostram que crianças que frequentam a educação infantil chegam ao 1º ano com um repertório melhor. Se elas não têm acesso à cultura em casa, se os pais não são escolarizados, a educação infantil as prepara, dá equidade.

Fonte: http://www.cristovam.org.br/portal2/index.php